quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Dança moderna: um novo desafio?

Com a situação actual do País as oportunidades para nós jovens São cada vez menos pelo que desde ha 3 anos para ca tenho estado sob constante aviso e conselho da minha família para aproveitar todas as oportunidades que as circunstâncias da vida e os diferentes contexto proporcionam. Porém, as oportunidades que nos surgem não são nada apelativas (e aqui estou-me a referir a situação de desemprego em que muitos jovens são forçados a arranjar emprego fora da sua área de estudos e/ou o salário é insuficiente) ou não são nada oportunas.
Faz dois anos que estou a dar Aulas de ballet numa academia perto de casa e este ano consegui mais uma turma de meninas noutra escola ocupando toda a semana excepto a quarta-feira. Ha poucos dias a directora da academia convidou-me para abrir uma turma de dança moderna ao sábado de manhã.. Achei logo que era um daqueles casos em que me presentearam com uma grande oportunidade nada oportuna.
O facto de ser ao sábado de manhã iria implicar que eu tivesse que fazer uma grande ginástica durante o estágio e fazer demasiadas exigências que provavelmente não poderiam ser satisfeitas nomeadamente só fazer turnos de manhã e folgas ao sábado, que não me acho em posição de as fazer. Por outro lado também seria excelente para mim desenvolver a dança moderna que fica um pouco fora da minha zona de conforto e portanto constituía-se como um desafio... Seria excelente ter um pouco dos dois mundos: ter uma Boa prestação no estágio e desenvolver-me na área da dança! Sinto-me perdida, acho que vou esperar pelo início do estágio para falar com o orientador e tentar conjugar ambas as actividades! Se não tentar então de certeza que não consigo...

Vossa,
A

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Super Único, Super Herói

Depois de quase 2 meses a acordar sistematicamente as 11h e a deitar-me depois das 2h, é verdadeiramente penoso regressar a vida real e acordar todos os dias as 6h da manhã. Estou ainda a tentar ajustar o meu relógio interno pois sinto-me como se tivesse mudado para outro País do outro lado do mundo e estou a sofrer os efeitos do Jetlag! Mas parece que apenas me mudei para a vida real, para a faculdade e para o trabalho.
Por outro lado é óptimo voltar a ver as minhas amigas de quem senti falta no Verão. Há pouco uma delas confundiu-me com uma pessoa e outra minha amiga disse-lhe "Como é que a podes ter confundido? Ela é Super Única!", senti-me muito especial por ela ter dito isto! Sempre achei corajosas as pessoas que se atrevem a serem iguais a elas mesmas independentes do juízo da sociedade e o facto de ela ter incluido a palavra "Super" foi muito importante para mim.
Actualmente, na sociedade actual creio que a maioria das pessoas procura ir mais além, ser criativo, original e revolucionário. No fundo todos procuram ser diferentes. E é esta característica, esta procura incessante e universal pela diferença que nos torna iguais. Porém, só o facto de estarmos a crescer e a expandir os nossos horizontes demonstra uma grande coragem e capacidade de nos abstrairmos das opiniões alheias. Acho que criámos um novo tipo de Super Herói no Séc. XXI: o Super Único que não é uma personagem individual mas que retrata uma filosofia de uma sociedade em mudança que se atreve a ir mais além, procurando novas soluções para problemas e ajudando assim não só ao próprio mas como a todas as outras pessoas.

Vossa,
A

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

As cores da amizade

O domingo passado estive no Happy Holi Color Fest em Lisboa. O grupo era fixe, as pessoas simpáticas, a música mais que boa e estava um tempo óptimo as expectativas estavam para lá de elevadas, para lá do céu. A fila era gigante mas eu mal podia esperar para ficar das cores todas do arco-íris e dançar até cair para o lado.
O evento começou bem! Primeiro fiquei vermelha porque foi o primeiro saco de Gulal que abrimos, depois verde, amarela e azul! Comprámos mais tintas e a cada meia hora tínhamos o color blast e milhões de cores invadiam o céu e substituiam as nuvens e a cada nuvem eu ficava mais colorida! Depois do lançamento das cores o ar ficava irrespirável por uns segundos até o pó assentar mas depois a visão era de se morrer!! Passámos fome porque nos tiraram a comida a entrada e a comida era DEMASIADO cara. Além de que iamos ter de ir para duas filas enormes: uma para pedir e pagar e outra para receber.. Mas não importava!! Porque cada vez tinhamos mais cores, e cada vez a música era melhor.
No fim da noite antes de nos irmos embora, tirámos uma última fotografia e aí percebemos que não estávamos de cor nenhuma.. As cores tinham-se misturado em nós e estávamos todos negros e estivemos assim provavelmente a maior parte do festival. E eu pensei que aquilo era o perfeito exemplo de um velho ditado que todos os pais um dia, mais cedo ou mais tarde, dizem aos seus filhos "Não se pode ter tudo". Ou tens muitas cores e depois chega-se a vias de facto e afinal aquelas cores todas não passam de um grande borrão negro, ou tens poucas mas que criam um verdadeiro arco-iris na tua vida. Acho que posso então dizer que os amigos são como as cores do Happy Holi Color Fest e as verdadeiras cores da nossa vida :). É COM ESTE PENSAMENTO QUE VOS DEIXO!!

Vossa,
A

sábado, 14 de setembro de 2013

E se morresses agora?

Na última aula de Tai-Chi que frequentei, o mestre propôs um exercício de meditação. Pediu que nos deitássemos de barriga para cima e com as palmas das mãos viradas para o chão. "Agora," - começou ele - "vão pensar que acabaram de morrer. Quero que pensem como seria a vida na terra se vocês morressem agora. O que aconteceria às pessoas que vocês amam? O que ficou por dizer? Por fazer? Como vai ser a vida destas pessoas?".
Quando fechei os olhos para começar o exercício de meditação comecei a ficar ansiosa. Não gosto de pensar na morte, acho que ninguém gosta mas comigo é diferente. Tenho medo de morrer. Sei que nao parece racional mas não gosto da ideia de deixar para trás tudo e todos aqueles que amo. Hm.. saudades no pós-vida? Enfim, comecei a pensar que se eu morresse agora que a minha mãe ia ficar sozinha porque só moramos as duas cá em casa e ela precisa de ajuda para muita coisa (o mesmo não irá acontecer quando eu sair de casa?), que toda a minha família e amigos iam ficar destroçados e que provavelmente iam aparecer pessoas no meu funeral que eu nunca conheci.  Que no Natal toda a gente ia fazer uma pausa para se lembrar de mim e que com o passar dos anos com cada vez mais nostalgia. Vi a minha mãe sozinha no meu quarto a chorar a minha falta e senti que faltava dizer a algumas pessoas o quanto as amava. Vi a minha sobrinha pequenina a perguntar vezes sem conta pela Titi e a chorar que queria brincar comigo. E pensei que se eu morresse agora as minhas alunas iam ficar sem professora.
Eu pensei isto tudo no imediatamente a seguir à minha morte. Quando o exercício terminou o mestre disse "Independentemente daquilo que cada um tenha meditado sobre a vida na terra a seguir a sua morte, a verdade é que a vida continua. Os dias não ficam mais pequenos nem mais escuros. As pessoas não param de envelhecer, as árvores não param de crescer e os ventos não param de soprar. As pessoas que vocês amam vão continuar a vida delas quando vocês já cá não estiverem." 
Este tipo de pensamento realmente torna as pessoas mais humildes, é claro que sou importante para as pessoas que me amam mas como posso ser egoísta ao ponto de pensar que comigo, morreria uma parte dos outros?

Vossa,
A